sábado, 23 de abril de 2011

HPV

Aproveitando a temática anterior ligada a saúde feminina, trago informações relevantes a respeito da prevenção do câncer do colo uterino que tem como dados estátisticos números alarmantes. Cerca de 500.000 mulheres no mundo têm a doença e metade delas morrem em consequência desta moléstia tão grave.
O câncer do colo do útero pode acontecer em qualquer momento da vida da mulher, sendo que o HPV ( Papiloma vírus humano) é responsável por 90% dos casos.
Logo, nos faz pensar que devemos concentrar nossas forças no combate ao vírus.
Mas, o que é o HPV?
O HPV é um tipo de vírus que infecta a mucosa anogenital, existem 100 tipos distintos porém apenas 15 desses são considerados oncogênicos, isto é, podem causar câncer.
O vírus é transmitido sexualmente. Porém, mesmo que não haja penetração, pode haver transmissão pelo simples contato com a pele. Existe também a possibilidade de ocorrer contaminação através de objetos sujos com secreções ou sangue contaminados.
As mulheres sexualmente ativas correm mais risco de se contaminar, desta forma o uso de preservativos é imprescindível. O exame de Papanicolau é uma arma para a detecção precoce da doença, o que pode ser determinante na cura do câncer, este exame  deve ser realizado anualmente para a coleta de células do colo uterino, que posteriormente serão examinadas para a identificação de lesões pré-cancerossas. Outro meio diagnóstico é a Colposcopia que permite a visualização de lesões mínimas e também deve ser realizado a cada ano.
O tratamento é individualizado e depende do número, extensão, localização e aspecto das lesões. Em seus estágios iniciais, as doenças causadas por HPV podem ser tratadas. 


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Endometriose- Parte II

Conforme prometido, seguimos falando sobre endometriose.
Na suspeita de endometriose o médico pode solicitar um procedimento cirúrgico com finalidade diagnóstica chamado Laparoscopia, que permite uma análise da parte externa do útero e órgãos abdominais próximos a ele.
A endometriose aparece como "manchas" pretas ou avermelhadas na superfície dos órgãos e algumas vezes pode causar cistos no ovário. Estes, enchem-se de sangue, adquirindo uma coloração marrom parecido com chocolate, dái vem a denominação popular de "cistos de chocolate".
Uma das grandes preocupações da mulher são os riscos para a infertilidade. Muitas vezes a mulher só descobre que tem a doença quando não tem sucesso em engravidar. Vale deixar claro que a mulher com endometriose não necessariamente fica estéril, porém a dificuldade chega a atingir níveis em torno de 50%.
Mesmo com uma endometriose de pequeno volume pode ocorrer dificuldade no transporte ou na fertilização dos óvulos, em casos mais graves a liberação do óvulo pode ser comprometida ou as trompas uterinas podem estar bloqueadas.
Assim, existem duas maneiras de tratar a doença: medicamentos ou cirurgia. A escolha do tratramento deve ser conjunta com o médico e seus objetivos são melhorar a qualidade de vida por meio do alívio dos sintomas e melhorar as chances de fertilidade. 
Se você se identificou com algum destes sintomas, consulte seu ginecologista. Existe ainda a Associação Brasileira de Endometriose ( ABEND) que pode ajudá-lo a esclarecer mais dúvidas.
Até a próxima postagem!!!!!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Endometriose

A endometriose é uma doença que normalmente é diagnosticada pelo ginecologista durante exames de rotina, algum procedimento cirúrgico ou durante a investigação de infertilidade. Estatisticamente, para cada mulher com dificuldade de engravidar, duas têm endometriose, se tiver parente direto com a mesma enfermidade as chances são ainda maiores de ter o problema.
Mas, o que é mesmo endometriose?
A endometriose é a presença de tecido semelhante ao que temos no interior do útero, chamado de endométrio, porém, ele aparece em outras àreas como bexiga, vagina, ossos da pube, trompa uterina, intestino e tantos outros.
Os sintomas podem variar de indivíduo porém a dor é a característica que desperta a atenção da mulher para que algo não vai bem. A dor pode ser cíclica, relacionada ao período menstrual ou mesmo contínua. Ocorre , em geral, na parte pélvica  e pode tornar a relação sexual dolorosa. A menstruação tende a ser mais intensa que o normal e sintomas urinários ou intestinais podem estar presentes.
Ainda não se tem definida a real causa da endometriose, algumas teorias defendem uma origem genética, imunológica ou mesmo estresse. Vale ressaltar que não é uma doença transmissível e também não há como prevenir seu aparecimento.
Na próxima postagem falarei sobre o diagnóstico, tratamento e as implicações da doença com a fertilidade, grande abraço e até lá!!!

sábado, 9 de abril de 2011

Imagine

Diante de tantos temas e notícias difíceis da última semana., resolvi trazer a tradução da música Imagine de John Lenon que traz uma mensagem onde a paz e amor é possível se todos nós sonharmos juntos e tentarmos construir um mundo melhor. Então vamos juntar nossas forças e começar a caminhada?
Imagine

Imagine que não exista nenhum paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu

Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não haver países
Não é difícil de fazer
Nada para matar ou morrer
E nenhuma religião também

Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer: eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu espero que algum dia você se junte a nós
E o mundo será como um só

Imagine não possessões
Gostaria de saber se você pode
Não há necessidade de ganância ou fome
Uma fraternidade do homem

Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo

Você pode dizer: eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu espero que algum dia você se junte a nós
E o mundo viverá como um único

terça-feira, 5 de abril de 2011

Enfermagem e a morte

Ontem durante o estágio recebemos a notícia do enfermeiro do setor que uma das crianças que tinhamos cuidado morreu, percebi nos rostos da minhas alunas uma tristeza, surpresa e acredito que talvez tenha surgido um sentimento que elas mesmas não souberam explicar. Isso me motivou a escrever um pouco sobre essa relação da enfermagem e a morte. 
A enfermagem, assim como a medicina é uma profissão que está em contato tanto com a vida como a morte. Aprender a lidar com essa situação tão corriqueira não é tarefa fácil, os profissionais de saúde buscam de diversas formas processar a informação que "perdeu" a luta pela vida.
A dificuldade, muitas vezes está porque falar de morte nos remete à nossa angústia maior que é pensar a própria morte, a única certeza, o resto são possibilidades.
Outra questão a ser levantada é que nos cursos de graduação, em sua grande maioria, todo o trabalho é na cura, logo não somos preparados para lidar com a perda, nos vemos impotentes.
Tudo isso é exarcebado quando falamos de morte na infância, temos na criança um ser cheio de potencialidades, de expectativas e todo um futuro pela frente, como se costuma falar. Parece que nos entristecemos mais, temos mais compaixão pelos familiares e muitas vezes até preferimos não estar naquele plantão para não presenciar o sofrimento alheio e nosso também.
Como trabalhar estes sentimentos é tarefa importante e necessária para nós enfermeiros que vivemos os nossos e os sentimentos daqueles que cuidamos.